Existe em Terras de Bouro um dos locais mais importantes a nível de património religioso, com centenas de anos de tradição – S. Bento da Porta Aberta. O culto originou-se com a construção de uma pequena Ermida no ano de 1614. Naquela época, esta capela tinha um pequeno alpendre e as portas sempre abertas, pelo que servia de abrigo a todos os que passavam. Em Abril de 2015 foi concedido o título de Basílica, pela Santa sé, ao Santuário do S. Bento. Esse título é concedido pela sua antiguidade e/ou por serem grandes centros de devoção e de peregrinações.
Inserido no Núcleo Museológico, na freguesia de Campo do Gerês, o Museu da Geira foi edificado de raíz e inaugurado em Junho de 2013, tendo como programa museográfico a abordagem das técnicas de construção das Vias Romana, bem como os transportes utilizados na época. O concelho de Terras de Bouro preserva atualmente, um percurso com a extensão de 30 quilómetros desta antiga via. O museu está estruturado em quatro salas temáticas, um auditório e gabinetes para estudos arqueológicos.
O Museu Etnográfico é uma criação manifestada pelos antigos habitantes da extinta aldeia comunitária de Vilarinho das Furna. No ano de 1981 a Câmara Municipal de Terras de Bouro deu início à sua construção consubstanciada no aproveitamento de matéria-prima originária da aldeia.
O Museu foi inaugurado a 14 de Maio de 1989 e trata-se de uma construção de arquitetura popular em alvenaria tradicional, cujo desenho final enquadra-se na cultura edificada da aldeia de Campo do Gerês.
Geira é o nome pela qual é conhecida a via de comunicação, construída pelo império romano, na dinastia dos flávios, que ligava Braga a Astorga e que passa no concelho de Terras de Bouro numa extensão de cerca de 30 km (milhas XIV e XXXIV). A construção destas vias era de extrema importância para o império romano, pois, para além dos variados usos para que serviam, o mais importante era, sem dúvida, a passagem dos seus exércitos, numa altura em que as conquistas eram de importância máxima para o crescimento e manutenção do império. Um dos troços mais significativos encontra-se na Mata de Albergaria, Terras de Bouro.
A Mata de Albergaria é um dos mais importantes bosques do Parque Nacional da PenedaGerês (PNPG), constituída predominantemente por um carvalhal secular que inclui espécies características da fauna e da flora geresianas. Guarda também um troço da Via Romana – Geira – com as ruínas das suas pontes e um significativo conjunto de marcos miliários.
A Marina de Rio Caldo e toda a envolvente à Albufeira da Caniçada são alvo de muita procura, quer pela sua beleza paisagística, quer pelas condições que esta área oferece para a prática desportiva de carácter nautico. São quase 700 hectares de espelho de água navegáveis.
Santa Isabel do Monte é um território de montanha onde encostas abruptas descem sobre o apertado vale da ribeira de Freitas. Apesar do aspecto agreste e aparentemente “natural”, é uma paisagem humanizada já desde os milénios IV e III a.C., como testemunham diversos vestígios arqueológicos. Actualmente sustenta vários núcleos populacionais de economia agro-silvo-pastoril tradicional.
Campo do Gerês, antiga paróquia medieval, situa-se na margem esquerda do rio Homem, em plena Serra do Gerês, confronta com a não menos antiga paróquia de Covide, com o concelho de Ponte da Barca e com a vizinha Galiza. Exibe ainda excelentes exemplares de arquitectura rural de montanha e por entre os arruados estreitos, alguns canastros com as suas cruzes cimeiras, ou algumas varandas com madeiramentos costumeiros, abertas ao logradouro.
Ermida é uma aldeia serrana com uma forte tradição pastoril, onde a criação de gado tem ainda um peso elevado na economia local. Na sua envolvência existem diversos polos de atração turística, tal como a cascata do Arado e o miradouro da Pedra Bela. É uma aldeia onde ainda permanecem fortes raízes comunitárias.
Vilarinho da Furna, no singular, como em todos os documentos oficiais e jurídicos, é uma antiga aldeia do concelho de Terras de Bouro localizada entre as serras Amarela e Gerês, ainda com presença visível no território pertencente ao Parque Nacional da Peneda-Gerês, tendo sido submersa pela força das águas depois de construída uma barragem em Maio de 1972.